Por Tullio Luigi Farini, professor de literatura.
Quantas vezes a Maçonaria se refere a Deus, mesmo que esse Grande Geômetra do universo não tenha se manifestado? Desde a sua origem?

E quando teria sido essa origem? E o que é Maçonaria Simbólica?
A resposta é: “um sistema da moralidade velada em alegorias e ilustrada por símbolos”. Segue um sistema de educação por símbolos, diferente de qualquer outra sociedade iniciática que se conheceu.
Símbolos, sinais, toques e palavras criam uma verdadeira heráldica maçônica. E o simbolismo enriquece de grau a grau, ritual a ritual, rito a rito. Vamos aos exemplos…
Não ficando exclusivamente em dados contraditórios, trataremos sobre os fenícios, os maiores navegadores – de origem na Palestina – que vieram ao Brasil, encontrando marcos na Amazônia e dizendo que o rio Solimões não seria ‘só limões’ nas margens, como o disseram os portugueses, e sim uma corruptela de Salomão, o grande negociador de riquezas e pesquisas com os mesmos marcos.
Também os chamavam (aos fenícios) de Sidônios e fundaram Sidon e Tiro. Isso nada lhe diz quando escuta o nome de Hiram Rei de Tiro? E a origem salomônica teria sido uma mescla desses conhecimentos a ponto de se dizer que Salomão usava milhares de obreiros durante o dia e, com um anel, dominava os demônios para trabalhar à noite, nesse famoso templo de origem. Antes do templo havia um tabernáculo, mas com o templo e a morte de Hiram Abiff deram a causa para o terceiro grau e as falas decorrentes por muitos graus filosóficos de vários ritos como a sagração do mestre maçom e o aperfeiçoamento dos detalhes, desde a caça dos culpados, até a morte dos mesmos, dramatizada.
Os ingleses resolveram patentear a maçonaria e a decretaram como regular. Isso queria dizer “somente autorizada pela Inglaterra”. Os franceses não reconheceram os ingleses. Os americanos apresentaram o maior índice de maçons existentes no mundo e milhões deles, com os templos mais grandiosos, como o Memorial de George Washington, ou os templos da Grande Loja da Pensilvânia.
Estive em vários dos templos magníficos e senti a força que havia de união neles. Desde a se deitar no chão no escuro antes de iniciar uma Loja até buscar a visualização de auras e passagens de contos estilo Dan Brown e dos celtas, de portais.
Seriam esses portais apenas mera credulidade excessiva e fanatismo? Seria mera ficção científica? Seria o sinal de Spock e dos Vulcanos de Star Trek apenas ficção uma cópia da maçonaria ou de algum povo antigo?
A origem do sinal de Spock está na “Bênção dos Cohanim” (plural de Cohen), ou “Birkat Kohanim”, em hebraico. Formam os Cohanim uma casta de sacerdotes judeus descendentes de Aarão – Cohen Modal Haplotype (CMH).
Não vamos tirar a beleza dos mistérios. Busque e os encontrarás.
Quantos rituais existem e quantos graus? Desde logo saiba que centenas deles, muitos não foram traduzidos para o Brasil. Traduzindo numerosos deles, encontrei portas que não existiam nos poucos divulgados. Até após isso, se vê que não se precisa criar rituais, com tantos a aprender.
O fazem por diletantismo ou por reserva política, entendendo que existe um Estado dentro do Estado, mas com regramentos de não contradizer entre os mesmos, as determinações.
Uma coisa é fabulosa em todas as origens. Conseguiram reunir pessoas de diversas religiões e até em uma linha francesa (existem duas delas) admitir os ateus.
Quem conhece as movimentações e os jargões em Loja absorve com maior facilidade os rituais diversos. Imprescindível para a origem adentrar em leituras e pesquisas desconhecidas do não estudioso.
Existe uma literatura tipicamente maçônica. Assim como existe o fanatismo e tiramos esse à parte, por ser absurdo. Também a parte política, em que Orientes se dividem e alguns entendem que faltam transmissões determinadas. Orações espetaculares de fé inigualável são vistas, tais como: “Quantas vezes Deus exibe Sua soberania em tornar os filhos mais novos em anos mais ricos em graça, e em criá- los a partir das estações mais humildes para o posto mais elevado. Todos os dias o crente se levanta dos Seus inimigos espirituais que estão presentes diante dele. O que é um Pai afetuoso nosso Deus! pois somos objetos de Sua constante vigilância e cuidado. Vamos alegrai-vos porque os nossos concursos diários em breve cessarão e (se tivermos vivido um direito de vida) a ser seguidos pela paz eterna do céu, onde o grito da batalha é trocado pelo canto do triunfo”.
A Maçonaria tem uma história fascinante das suas origens e complicada pelos seus segredos desvendados em publicações chegadas aos leigos. Ainda mais complicada devido a algumas das interpretações especulativas mais interessantes, uma das quais é a crença de que a fraternidade se originou no antigo Egito.
Peregrinos, alguns em sua busca pelo Palácio da Antiga Ordem Egípcia dos Filhos Místicos Orientais entendendo que lá essa busca terminou, mas que pudessem desfrutar do descanso e da companhia, pelos quais anseiam, e que só existe em um Palácio dos denominados Filhos Místicos Orientais.
A despeito de controvérsias, a influência desta civilização notável é algo que muitas pessoas queriam acrescentar à mistura da vida ocidental. Cada um afirma ser a sua forma e procedimento ritualístico mais notável.
Na Renascença entendiam à florescente espiritualidade da “nova era” (hoje era que se tornou antiga e pretensamente iniciada do século XVIII em diante no entender de alguns ingleses e de outros ingleses no ano de 926 e antigos e modernos se contradiziam), e a Maçonaria não ficou imune ao seu encanto. Claro que as origens são muito antecedentes.
Fixaremos o período mais famoso o de Salomão e do seu Templo onde disse que pretendia um templo onde todos pudessem louvar a Deus e deixava claro que Deus não caberia em um templo, nem no mundo inteiro, pois o mundo inteiro é que caberia em Deus.
Não são simples postagens que irão resolver isso, até podem ilustrar o maçom culto a pesquisar mais.
Em considerações finais transcrevo um dos juramentos dos Templários para ver a devoção desses cavaleiros. Seus sucessores são apenas honoríficos a ordem original. Assim transmitirei uma parte que traduzi dos templários com a menção salomônica dos mesmos.
Na dedicação do Templo
O rei Salomão convidou todos os reis e príncipes do leste para participar e ajudar na cerimônia. Aconteceu que dois dos reis estavam em guerra. Salomão tentou repetidamente efetuar uma reconciliação entre eles, mas sem sucesso, após o que decidiu efetuar pela força o que não podia por argumento. Ele, portanto, convidou os dois reis para um pequeno apartamento no Templo, trancou a porta e os deixou meditar em silêncio, dizendo-lhes que sempre que resolvessem suas diferenças e concordassem em viver em paz, seriam libertados e até então receber apenas pão e água como sustento. No dia seguinte, Salomão os visitou e perguntou se eles chegaram a um acordo. Eles o avisaram que não. Ele os visitou novamente no segundo dia e novamente perguntou se eles haviam resolvido suas diferenças e, novamente, foi-lhe dito que não e que era improvável que o fizessem. Salomão então retirou o pão e a água e ordenou que as persianas da janela fossem fechadas para que o quarto ficasse em total escuridão. Feito isso, retirou-se novamente, dizendo-lhes que voltaria no dia seguinte. No terceiro dia, Salomão abriu a porta e os reis informaram-lhe que de fato haviam chegado a um acordo. Salomão pegou uma vela em cada mão e entrou no quarto escuro dizendo: Então, se você pode concordar na escuridão, você também pode fazê-lo na luz, após o que ele fez uma pequena reverência para ambos.
A Maçonaria desde as suas origens busca equilibrar quaisquer dificuldades que uma vez existiram entre os seus membros. Só não o faz melhor devido a vaidade das vaidades dentre os homens.